O Brasil é hoje o maior produtor de café no mundo e o segundo maior consumidor. Essa conquista só foi possível graças às condições climáticas do país. A cultura do café é originária da Etiópia, onde as temperaturas variam entre 17° a 20°C e as médias anuais de chuva de 1.000 a 1.500 milímetros, condições encontradas principalmente nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.
No entanto, ao longo dos últimos anos, tem-se observado uma queda na produção de café no país e a principal causa para essa redução são as mudanças climáticas. Sendo assim, os produtores cada vez mais irão presenciar climas e padrões climáticos extremos e imprevisíveis e não poderão esperar mais condições favoráveis que a cultura do café precisa em colheitas consecutivas.
Como o clima afeta a produção cafeeira?
O café é dependente de uma sequência de eventos climáticos, sendo eles: um período de seca de no máximo 3 meses para que as árvores floresçam bem, uma boa imersão para iniciar o florescimento, temperaturas não muito altas, uma quantidade de chuva regular para a região e a ausência de chuvas no período anterior e durante a colheita.
Alteração em padrões de temperatura, precipitação, ventos fortes e outros riscos climáticos impactam diretamente a qualidade e os níveis de produção de café, levando ao aumento de ocorrência de pragas e doenças, aceleração na maturação dos frutos, queda dos frutos próximo à colheita, erosão do solo, alta umidade e entre outros impactos diretos ou indiretos ao cafeeiro.
Como se adaptar às mudanças climáticas?
A adaptação é de extrema importância, já que com ela os cafeicultores podem reduzir os impactos negativos de mudanças climáticas, e ainda conseguem se beneficiar de novas oportunidades que podem resultar disso.
Segundo o guia “Adaptação às mudanças climáticas na produção de café” feito pela Coffee & Climate, existem várias formas de adaptação que o produtor de café pode escolher, podendo ser categorizadas por:
Planta: por meio da enxertia, poda e introdução de novas variedades;
Campo de plantação: agindo para aumentar a resistência da fazenda, melhorando as estratégias de manejo de pragas, de solo e de água e escolhendo outro plano de fertilização, mulching, etc.
Casa e sistema agrícola: nessa estratégia usa-se ações para preparar as famílias e produtores a resistir contra os impactos negativos das mudanças climáticas, treinando-os a empregar estratégias de adaptação, e deixando-os mais cientes das informações climáticas, proporcionando recursos em momentos críticos;
Paisagem: aumentar a resistência das fazendas ao redor das áreas de café, implementando arborização e/ou reflorestamento, e juntamente a isso proteger as áreas de captação de água;
Possibilitar o quadro e/ou as condições do ambiente: melhorando o acesso a sistema de alarme precoce para promover posse local e fortalecer organizações de produtores, visando uma melhora no acesso às informações climáticas.
Em síntese, as mudanças climáticas estão cada vez mais presentes no dia a dia do produtor rural. Ficou com alguma dúvida? Precisa de ajuda para se adaptar ao novo cenário? Entre em contato com a gente que estamos preparados para ajudar nas adaptações que estão por vir!