A alta valorização da soja nos últimos anos tornou a oleaginosa a principal cultura brasileira. Além do mercado internacional, a produção atende à demanda do crescente consumo de alimentos a base de soja e de produtos diferenciados que adicionem diversidade à dieta do nosso país. Com o avanço no nível educacional e do maior poder aquisitivo da população, cresce também a demanda por alimentos mais proteicos e produtos de maior qualidade.
O grão de soja possui imensa variedade de uso. Por exemplo, na indústria de alimentos é utilizada como matéria-prima para a produção de chocolates, temperos e massas. A lecitina é um dos componentes e é uma substância emulsificante utilizada na fabricação de salsichas, sorvetes, barras de cereais, e outros.
Na indústria química, a soja serve como base para produção de vernizes, tintas, plásticos, cosméticos, adesivos, fibras e revestimento. O grão é utilizado na produção de biodiesel, embora não apresente o maior teor de óleo para combustível, a cadeia produtiva de soja é capaz de tornar viável a sua aplicação neste segmento. Entre 85% e 90% do óleo vai para a indústria de biodiesel e, entre 10% e 15% serve de matéria-prima para a produção de óleo comestível. A parte do farelo serve para a composição de ração animal, na alimentação de suínos, aves e bovinos.
Como podemos observar a soja, atualmente, é muito relevante à população mundial, sendo aproveitada em indústrias de diferentes setores, como cosméticos, farmacêutica, veterinária, adesivos, adubos, formulador de espumas, revestimento, tintas e plásticos. No entanto, essa utilização representa apenas 7% da destinação final da soja. Outros 49% vão para o processamento de óleo e farelo, usados, especialmente na alimentação humana e animal e na produção de biocombustíveis, enquanto os outros 44% são exportados in natura, a maior parte para a China.