Consoagro Consultoria e Soluções em Agronomia Jr.

A INFLAÇÃO NA CESTA BÁSICA

Um alimento básico é  aquele alimento considerado imprescindível pelo conteúdo de seus nutrientes em uma dieta equilibrada. Esse conceito é relativo dependendo da cultura culinária de uma determinada região, ou seja, um alimento básico no Brasil pode não ser na China, por exemplo. De toda forma, no geral é um alimento que proporciona energia e que possui um certo conteúdo de carboidratos, em que sua elaboração está muito relacionada aos ingredientes mais disponíveis na região. Porém, até mesmo o preço desses alimentos vem sofrendo altas significativas nos últimos tempos, impactando diretamente no valor da cesta básica.

A alta do dólar associada a adoção da monocultura, realizada por grande parte no agronegócio brasileiro, tem limitado em grande parte a produção de alimentos e grãos de forma mais diversificada e completa no país, o que por sua vez, causa impactos consideráveis na elevação nos preços dos alimentos mais consumidos no dia-a-dia da população. 

Foi divulgado no final de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que a inflação ao consumidor subiu em média 0,94%, no mesmo mês. Essa foi a maior alta do indicador para o mês desde 1995, esse resultado ficou acima do esperado pelo mercado. Alguns alimentos e bebidas ficaram 2,24% mais caros e responderam por 50% da alta. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), o óleo de soja, arroz e carnes lideraram os aumentos, com altas de 22,34%, 18,48% e 4,83%, respectivamente na prévia da inflação deste mês.

Com a elevação no custo desses alimentos, até mesmo acima da inflação, a cesta básica brasileira sofre diretamente. no Paraná, por exemplo, essa alta custa em torno de R$ 505,54, ou seja, o trabalhador gasta quase a metade do salário mínimo, de R$ 1.045, para adquirir os produtos mais necessários do dia a dia. 

Segundo Guilherme Bastos, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços dos alimentos atingiram um limite e devem começar a abaixar nas próximas semanas do mês de novembro. Um exemplo é o caso do arroz, que deve ter queda devido a redução da taxa de imposto sobre a importação de fora do MERCOSUL, visto que esse alimento é em grande parte importado de outros países como Estados Unidos, Índia e Guiana que são os principais fornecedores no momento

Por fim, a disponibilidade dos alimentos e o acesso das pessoas aos mesmos com preços adequados para a região são pilares para a segurança alimentar da população de forma geral. Nesse sentido, a implementação de políticas públicas de incentivo à diversificação na produção de alimentos e a agricultura familiar são soluções alcançáveis e que apresentam um retorno considerável sobre o valor dos alimentos básicos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Open chat