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Produção de laranja: O Brasil é o principal produtor desta fruta

A laranja tornou-se a fruta mais produzida no Brasil. O estado de São Paulo ocupa a primeira posição no ranking de produção, com 77% da produção nacional, seguido por: Minas Gerais (6%), Paraná (5%) Bahia (4%) e Rio Grande do Sul (2%).

A safra 2019/2020 teve uma produção de 384,87 milhões de caixas de40,8 kg e quase toda a produção é destinada para a indústria de suco. O Brasil detém 50% da produção mundial de suco de laranja e exporta até 98% do que produz, fato esse que o torna o maior produtor e exportador do mundo. Movimentando mais de 1 bilhão de dólares por ano, o suco brasileiro chega até os Estado Unidos, China, Japão, União Europeia, Suíça, Coreia do Sul e outros países.

Desafios da produção

Entre as décadas de 1930 e 1950 cerca de 20 milhões de árvores de citros morreram em toda América do Sul. A doença conhecida como Tristeza dos citros, levou as plantas a um declínio rápido, destruindo os pomares de muitos países.

Nessa época, a laranja ‘Azeda’ (Citrus arantium) era utilizada como porta enxerto em todos os pomares e essa variedade é suscetível ao Citrus tristeza virus (CTV),      e esse microrganismo era o responsável pela morte das plantas. Em 1955 o Dr. Sylvio Moreira, descobriu que plantas geradas utilizando o porta-enxerto limão ‘Cravo’ (Citrus limonia), são resistentes a tristeza dos laranjais. Isso porque o limoeiro ‘Cravo’ é resistente ao vírus causador da doença.

Um novo desafio na produção de laranja

Atualmente, outra doença se tornou o grande desafio da citricultura. O greening, também chamado de HLB (Huanglongbing) é causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e vem sendo um grande desafio para o setor citrícola, pois não são encontrados controles eficazes para a doença.

O greening, é sem dúvida a doença que mais tem desafiado a citricultura, em função de sua rápida disseminação e severidade. Segundo dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), cerca de 50 milhões de plantas já foram eliminadas em função do HLB desde o início dos levantamentos em 2007, ou seja, 26% dos 191,69 milhões de plantas que totalizam o parque citrícola de São Paulo.

Esse tipo de manejo tem ocasionado, além de consequências ambientais, consequências econômicas, levando muitos citricultores a desistirem da atividade ou abandonarem a erradicação (eliminação) de plantas infectadas.

No Brasil, diferente dos Estados Unidos, não é permitido a utilização de antibiótico, e por isso o controle da doença se resume em: Uso de mudas sadias e livres da doença; erradicação das plantas quando apresentam sintomas da doença; controle do inseto-vetor, o psilídeo (Diaphorina citri).

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