O milho de segunda safra, mais conhecido por milho safrinha, não foi sempre cultivado, por isso, podemos considerá-lo como novo. Esse cultivo teve seu início por volta de 1978, sendo semeado após a colheita da soja precoce, ou seja, entre janeiro e abril.
Essa cultura foi implementada na região Centro-Sul brasileira envolvendo basicamente os estados do Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, Minas Gerais.
É chamado de cultivo de sequeiro, por geralmente não ser irrigado, logo, é considerado uma atividade arriscada, não só por isso, mas também devido à menor quantidade de luminosidade (influenciando o seu desenvolvimento e fazendo com que seu ciclo seja estendido) e temperaturas mais baixas em relação à primeira safra.
A partir de 1984 a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), registrou o milho safrinha em seus relatórios mensais de acompanhamento de safra. Segundo a Embrapa, essa produção regional tem acompanhado o expressivo desenvolvimento da suinocultura e da avicultura no Centro-Oeste, onde se beneficia da disponibilidade de milho a um preço mais favorável do que em outras regiões do Brasil, sobretudo na entressafra.
É de extrema importância fazer um planejamento adequado, visando diminuir riscos de baixa produtividade. Para isso, deve-se realizar a análise do solo e correção com calagem (quando necessário); escolha correta da cultivar, considerando o ciclo e as adaptações do período de cultivo, adquirindo ainda, sementes de qualidade. Definir o manejo, monitoramento de pragas e doenças, controle de plantas daninhas, cobertura do solo, dentre outros.
A cobertura do solo tem o objetivo de proteger o solo contra processos erosivos e a lixiviação de nutrientes, promovendo melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do mesmo. As espécies vegetais utilizadas como cobertura do solo auxiliam no controle de plantas daninhas, de doenças, de nematoides e de pragas, beneficiando diretamente as culturas sucessoras.
No caso do milho safrinha, fala-se muito dele em consórcio com a braquiária (Brachiaria, pertencente a família Poaceae), planta essa, forrageira, que proporciona mais sanidade ao solo e ganhos de produtividade das culturas.
Segundo a Embrapa, “O plantio da braquiária promove cobertura e proteção do solo, melhora o controle de plantas invasoras, enquanto o milho é a cultura que garante rendimento para a atividade rural. A pastagem pode ser utilizada por um período durante o inverno como suplementação alimentar para o gado e o resíduo da palhada do consórcio no plantio de verão da soja tem evidenciado ganhos em rendimentos com esta cultura.
A tecnologia utiliza a semeadora de soja, ajustando-a para uma linha de milho safrinha e outra de braquiária. A adubação deve ser realizada apenas na linha do milho, reduzindo a competição entre as culturas. Após a colheita do milho safrinha, é importante o pastejo por animais, facilitando a entrada de luz e, consequentemente, melhorando a rebrota da forrageira e a eficiência dos herbicidas na dessecação da braquiária.”
Sabendo de tudo isso, sabemos que é essencial profissionais capacitados para o planejamento e para a implantação da cultura , e nós da Consoagro queremos te ajudar!