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Ciclo da Soja: saiba como o manejo pode interferir na produtividade final!

Todo cultivo de soja possui um potencial de rendimento determinado geneticamente, e que só é atingido sob condições ideais, no entanto, sem os devidos cuidados, esse potencial é quase impossível de se obter. Sendo assim, para garantir alta produtividade no ciclo da soja é de extrema importância que se faça o monitoramento de sua área, antecipando e identificando as pragas, doenças e problemas no desenvolvimento de cada estágio de evolução da cultivar.

O ciclo da soja possui 24 estágios, sendo assim divididos em estágios vegetativos e reprodutivos. O crescimento e o desenvolvimento da soja é medido por meio da quantidade de matéria seca acumulada na planta, o que inclui proteínas, lipídios, carboidratos e nutrientes minerais, os quais são produzidos durante o processo da fotossíntese.

Estádios vegetativos do ciclo da soja

A primeira etapa, denominada de Emergência (VE), possui características como os cotilédones acima da superfície do solo e o desdobramento da alça do hipocótilo. Possui duração de 3 a 10 dias e consome uma média de 0,8 mm de água por dia.

Na segunda etapa, chamada Cotiledonar (VC), o consumo médio de água por dia sobre para 0,9mm. Sendo assim, essencial que o produtor tenha atenção com relação a fungos e pragas de solo nessas fases.

Nas fases V1, V2, V3, V4 e V5, ocorre a formação dos nós e o desdobramento dos trifólios. A planta passa a depender da fotossíntese das folhas existentes, e o índice de área foliar passa de 0,01 para 1,7. O consumo médio de água passa de 0,9 mm por dia para 3,5 mm por dia. Então nessas etapas, o agricultor precisa prestar atenção
em pragas, pois tem-se início a matocompetição.

Durante o estágio de formação do Enésimo Nó (Vn), dependendo da variedade e da época de semeadura, a planta de soja pode formar até 20 trifólios ao longo da haste principal. O consumo médio de água vai de 4,0 a 5,0 mm por dia, e o índice de área foliar pode variar entre 1,7 e 3,8. A falta de água durante esse período pode causar redução do crescimento e do metabolismo da planta.

Estádios reprodutivos do ciclo da soja

Em primeiro lugar inicia-se na R1 o florescimento, que segue até o R4 com a plena formação de vagens. O consumo médio de água passa de 6,2 mm por dia para 7,3 mm por dia. Por isso é essencial que durante a formação das vagens, o produtor faça monitoramento com relação à presença de lagartas. Além disso, temperaturas acima de 29º C podem provocar o abortamento de vagens.

Além disso é partir da R5, que os grãos/sementes passam a se encher, e a falta de água pode
ser crítica. Devido ao fato, é importante monitorar a presença de pragas aéreas como lagartas e percevejos. Posteriormente na R7 e R8 ocorre a maturidade fisiológica, e duram em média 7 dias cada. Nelas, os grãos se desligam da planta, cessa a translocação de fotoassimilados e tem-se início o processo de perda de água.

No último estágio, o R9, chamado de Maturação ou Colheita, 95% das vagens estão maduras, podendo durar de 9 a 30 dias, então há a necessidade de alguns dias sem chuva para a realização da colheita.

Quadro com os estádios fenológicos do ciclo da soja.
Quadro com os estádios fenológicos do ciclo da soja. (FONTE: Embrapa Soja, 2016)

Conclusão

Portanto, sabe-se agora que todo cultivo de soja possui um potencial de produtividade e que esse potencial só é atingido com o manejo correto da área de plantio, desde o início até o final do seu ciclo. Dessa maneira, a CONSOAGRO está disposta a te auxiliar no acompanhamento de safra e no planejamento da implantação desta cultura, então caso tenha dúvidas entre em contato conosco!

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