Os impactos da pandemia que estamos vivenciando nos últimos meses vem atingindo todos os setores da economia mundial. Segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), a pandemia da Covid-19 deve levar a uma recessão estimada de até -3% no PIB global neste ano de 2020. No Brasil, a expectativa é de que o recuo chegue a 4,7%, de acordo com a projeção do Ministério da Economia.
Quanto ao setor do agronegócio brasileiro, a estimativa de redução no PIB de 2020 é de 3,9%, sendo o agronegócio um dos setores que mais influenciam na economia nacional, correspondendo a mais de 20% do PIB nacional em 2019.
O agronegócio, como uma grande área de importância nacional, é representada por vários setores – primário (produção rural; secundário (agroindústrias e de insumos agrícolas) e terciário (transporte e comercialização de bens agrícolas), sendo que alguns sofreram mais impactos do que outros pela pandemia.
Setores mais impactados pelo coronavírus
Um dos setores agrícolas mais afetados pela pandemia foi o de hortaliças, pela drástica redução de demanda diante do fechamento de restaurantes, bares e feiras livres. Além disso, houve redução no faturamento do setor de flores e plantas ornamentais.
Bem como o setor de frutas, que demanda parte de sua receita de exportações, as quais foram afetadas pela restrição de contato com o mercado externo. Portanto, as cadeias produtivas do agronegócio foram e estão sendo afetadas de maneira diferenciada, em maior ou menor grau.
Setores agrícolas que estão sofrendo menos impactos por causa da pandemia, a exemplo do de grãos, tiveram alta nos custos de produção, principalmente com insumos como defensivos, sementes e combustíveis.
Diante das recessões observadas nos setores, há a necessidade de avaliação a curto e longo prazo de seus efeitos na economia nacional e internacional , assim como existe a possibilidade de abertura de novos mercados antes pouco explorados.
Brasil e o cenário pós-pandemia
Vários indicadores sinalizam que haverá um empobrecimento médio da população mundial após a pandemia. Neste cenário, o Brasil terá a oportunidade de valorizar e aprimorar seu papel como fornecedor mundial de alimentos.
Os produtores de larga escala serão menos afetados diante do maior apoio técnico-científico aliado aos seus sistemas de produção.
No entanto, os pequenos produtores tendem a ser mais afetados, uma vez que sua porta de entrada para o mercado, em sua maioria, é caracterizado pelo mercado local, o qual foi altamente afetado.
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