A agricultura e a pandemia
A pandemia da Covid-19 vem gerando grandes consequências para todos os setores da economia nacional, a agricultura, como um dos setores de maior participação no PIB nacional, também é afetada de diversas maneiras pelo atual período, com dificuldades no transporte e comercialização dos alimentos, aumento dos preços de insumos agrícolas, relações com o mercado externo, dentre outras.
Neste cenário, a agricultura familiar foi e é o principal responsável pelo abastecimento doméstico, em especial de frutas, hortaliças, produtos lácteos e pequenos animais.
Agricultura familiar, o que é?
A agricultura familiar é caracterizada pelo produtor que não possua propriedade agrícola maior do que 4 módulos fiscais, tenha como mão-de-obra o núcleo familiar e tenha renda predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento rural, obtendo renda bruta anual de até R$ 400 mil.
Neste sentido, é uma agricultura de menor porte, que mesmo assim não deixa de ter grande participação na economia nacional, visto que os agricultores familiares respondem pela maior parte de alimentos consumidos no país, emprega 74% da mão de obra rural e responde por 38% da renda bruta do agronegócio (Canal Rural, 2020).
Sua importância no contexto brasileiro
Desta maneira, sua importância está no desenvolvimento de culturas variadas e que, apesar da pequena escala, distinguem-se por sua qualidade e melhor manejo ambiental, uma vez que a agricultura familiar se sobressai por adotar práticas ambientalmente mais sustentáveis e estimular à produção de alimentos orgânicos.
Quanto ao cenário pandêmico, este setor da Agricultura por ser baseado em policultura e ter maior proximidade para com o consumidor final, é menos propenso à influências, com destaque para as externas, nos preços dos alimentos, contribuindo assim para uma maior estabilidade e maior controle inflacionário.
No ambiente pós-pandêmico, a agricultura familiar é vista como estratégica, segundo Manuel Otero – diretor geral do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA) -, por estar diretamente associada à reativação da economia, principalmente nos circuitos curtos de comercialização de alimentos.
Como se manter e ser valorizada?
Diante da importância da agricultura familiar no Brasil, algumas questões devem ser consideradas para sua manutenção e consequente valorização.
Dentre elas podemos destacar políticas de curto, médio e longo prazo para contingência e prevenção da atual emergência enfrentada por parte dos produtores, como também, maior apoio técnico-científico, uma vez que este modelo de agricultura, em sua maioria, carece desse apoio, não demonstrando seu máximo potencial produtivo aliado à produção familiar.
A CONSOAGRO está disposta a ajudar produtores de pequeno e grande porte em suas tomadas de decisões e no apoio técnico de sua produção, para mais informações entre em contato conosco!